Recent news


Núcleo da Findes em São Mateus e região trabalha para fortalecer a economia local
Como pontos de apoio dos industriais nas diferentes regiões de todo o Estado, as representações institucionais do Sistema Findes (diretorias e núcleos regionais) oferecem toda a estrutura e conforto em suas instalações para atender os sindicatos do setor produtivo e suas principais demandas.
Com mais de seis anos de existência, o Núcleo da Findes em São Mateus e região, que abrange também os municípios de Conceição da Barra, Jaguaré e Pedro Canário, coordenado pelo vice-presidente institucional Nerzy Dalla Bernardina Júnior e pelo diretor adjunto Cássio Borges Caldeira, trabalha a interiorização das ações do Sistema Findes por meio de suas entidades Sesi, Senai e IEL.
Para Nerzy, a região de São Mateus tem vocação industrial e por isso cada vez mais empresas se instalam em seu território. “Temos a Volare/Marcopolo, uma indústria de microônibus a Petrocity, terminal portuário para apoio ao setor de petróleo e gás; a Agrale, que é uma indústria de chassis para ônibus; e a Oxford, fábrica de porcelanas. Essas empresas são responsáveis por 3.500 empregos diretos somente na fase de operação”, destacou.
Os setores industriais predominantes nos municípios que integram o Núcleo Regional da Findes incluem petróleo e gás, papel e celulose, alimentos e bebidas, automotivo, construção civil, eletroeletrônica, gestão, metalmecânica, minerais não-metálicos (rochas ornamentais), segurança do trabalho, tecnologia da informação, têxtil e vestuário, madeira e mobiliário.
Por meio do Sesi e do Senai, o Núcleo da Findes atua na qualificação profissional e aperfeiçoamento profissional, além de oferecer programas de aprendizagem industrial. O Instituto Euvaldo Lodi – IEL, com seus programas de gestão, qualifica os gestores e empresários da região, atendendo suas demandas na área de gerenciamento profissional. O Serviço Social da Indústria - Sesi atua na região com cursos de formação continuada para o trabalho e inclusão social.
De acordo com o gerente do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de São Mateus, Paulo Roberto Sutério Alves, foram capacitadas, de 2011 a 2014, mais de 17 mil pessoas nessas áreas. Já no programa Atleta do Futuro, quatro mil crianças e adolescentes de 7 a 14 anos foram atendidos no período de 2011 a 2014, com iniciação esportiva em vôlei, futsal, futebol de areia, handbol, capoeira, ginástica rítmica e jiu jitsu.
Na área da saúde e segurança do trabalhador, o gerente destaca os atendimentos feitos às indústrias durante o ano de 2014. “Realizamos cursos de Comissão interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Ginástica Laboral, atendimentos odontológicos, a execução do programa Indústria Saudável e o Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida, entre outras consultorias e atendimentos feitos pela equipe do Sesi Saúde”, conclui.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai atuou nas modalidades de iniciação, aperfeiçoamento e qualificação profissional, além dos programas de aprendizagem industrial. O número de matriculas realizadas no Núcleo durante o período de 2011 a 2014 alcança 24.472.
Hilmar de Jesus - Jornal "A Ilha" - São Mateus - Contato: (27) 99740-6516



Engenheiro do DER Eduardo Manato Gimenes Procuradores Carolina Augusta da Rocha Rosado
e Walquiria Imamura Picoli
FRUSTRAÇÃO
Audiência Pública discute erosão em Conceição da Barra mas não há luz no fundo do poço
Hilmar de Jesus - Jornal "A Ilha" - São Mateus - Contato: (27) 99740-6516
Ainda não vai ser desta vez que o Ministério Público Federal (MPF) encontra um caminho curto para resolver o problema da erosão que está destruindo a praia da Guaxindiba, ao norte de Conceição da Barra. Pelo menos foi o resultado do final dos debates da audiência pública realizada quarta-feira pelo Ministério Público Federal, com entidades, sociedade organizada, e autoridades, inclusive do Governo do Estado, e do município.
A audiência aconteceu no auditório do Porto Marlim Hotel, de frente para o mar onde acontece o fenômeno da erosão, e foi presidida pelas procuradoras Walquiria Imamura Picoli e Carolina Augusta Rocha Rosado, mas uma coisa ficou clara: ainda não há uma definição de quando as obras vão ser iniciadas para pôr fim à erosão, já que o Governo do Estado, através do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) que realizou a primeira etapa das obras, na Bugia e centro, ainda não possui projeto definitivo.
Acrescido à essa indefinição, outros dois fatores dificultar o início da obras: a licença ambiental, pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), que deve demorar mais de seis meses para ser analisada e liberada, bem como um estudo de contrapartida do município, que não dispõe de recursos para formalizar parceria com o Governo, como admitiu o prefeito Jorginho Donati, presente à audiência.
Na verdade a audiência pública serviu mais para frustrar moradores, comerciantes e donos de pousadas e hotéis da Guaxindiba que deixaram o local depois de mais de 5h de debates incrédulos sobre quando na verdade saberão que não mais enfrentarão o problema.
O balde de água fria nas expectativas do público presente era um anúncio por parte do Governo do Estado de uma definição de quando a obra começaria e terminaria, mas o engenheiro Eduardo Manato Gimenes, do DER admitiu que “tudo ainda depende de estudos técnicos por parte do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), o mesmo que trabalhou no projeto de recuperação da orla, no centro, e da Bugia, que sofria do processo de erosão há mais de 20 anos.
Na verdade, não há luz no fundo do poço que defina uma previsão de solução do problema, e, enquanto isso, os moradores e comerciante, principalmente sofre com o processo de erosão que já provocou o fechamento do Hotel Praia da Barra, o maior do local, e ameaça restaurantes e pousadas.

Governador quer renegociação de dívidas e recuperar nascentes
Hilmar de Jesus
O Governador Paulo Hartung (PMDB), em sua primeira visita a São Mateus, depois de eleito, quando participou do 1º Workshop Capixaba de Pimenta-do-Reino, destacou as iniciativas do Governo do Estado para recuperar os municípios mais afetados pela longa estiagem, que têm sido castigados com a perda da produção agrícola, em sua maioria. Há casos registrados na região que levaram a maioria dos municípios a decretar estado e situação de emergência.
Hartung, nesta entrevista exclusiva ao Jornal A Ilha, antes da abertura do seminário, realizado do Centro Universitário da UFES, no bairro Litorâneo, destacou ainda a importância de conscientização dos produtores e da população na recuperação e conservação das nascentes.
Qual o primeiro passo para aliviar os prejuízos causados pela longa estiagem?
Governador - O primeiro apoio é o de buscar a renegociação das dívidas dos nossos agricultores que sofrem no período desses. A segunda ajuda estamos pegando todos os projetos de barragens, revisando estes projetos existentes para saber se eles fazem sentido e, em seguida começarmos a fazer licitação.
Haverá algum critério para priorizar determinado município?
Simultaneamente todos os processos que estão chegando na Defesa Civil do Estado estão sendo agilizados não só para decretação de emergência, de calamidade, enfim, de situações que são vividas pelos municípios e pela nossa gente nesse momento, portanto são várias atividades.
E qual o passo seguinte?
Ao mesmo tempo colocamos o governo para percorrer todas as bacias hidrográficas, fizemos um conjunto de reuniões. Reunimos mais de dois mil capixabas discutindo a questão da água em todos os seus aspectos, da mudança de costumes até conservação e recuperação das nascentes.
Legenda da foto:
A entrevista do Governador para o repórter Hilmar de Jesus foi concedida à caminho do auditório da Ufes, no bairro Litorâneo
Reportagem completa sobre Seca no Norte na edição do Jornal A Ilha que circula nesta terça-feira (17)
Hilmar de Jesus - Jornal "A Ilha" - São Mateus - Contato: (27) 99740-6516




Audiência pública discute erosão do mar em Conceição da Barra
Hilmar de Jesus
A próxima quarta-feira (18) está sendo aguardada com enorme expectativa pelos moradores de Conceição da Barra, especialmente do centro da cidade, e comerciantes da Praia da Guaxindiba. Neste dia vai acontecer audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal, a partir das 13h, para buscar uma solução definitiva do problema de erosão que ameaça de destruição moradias, hotéis, pousadas e restaurantes. Já existem casos de imóveis destruídos na região e outros condenados.
Com o título “Erosão marítima em Conceição da Barra: apresentação e debate do projeto de contenção junto à comunidade”, o evento, que acontecerá no Hotel Porto Marlin, na Praia de Guaxindiba, pretende envolver, além da população, representantes do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DER/ES), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), município de Conceição da Barra e a Superintendência de Patrimônio da União (SPU).
Também foram chamados o Ministério Público Estadual, Governo do Estado, Judiciário, Defensoria Pública Estadual, poder legislativo municipal, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Municipal de Segurança e Defesa Civil, Ibama, Ceunes, OAB, parlamentares federais e estaduais e colônia de pescadores. O fenômeno começou há mais de 20 anos pela Bugia.
DESTRUIÇÃO
A audiência pública tem como objetivo discutir as alternativas para conter o avanço do mar em Conceição da Barra, principalmente na Praia de Guaxindiba, uma das mais atingidas pela erosão marítima.
O processo teve início Guaxindiba começou em 2011, quando a vegetação à beira-mar começou a ser destruída meses após a construção da obra de contenção do bairro Bugia, que já chegou a ter 80% do seu território destruído pela erosão.
Na Procuradoria da República em São Mateus já existe um Procedimento Preparatório (número 1.17.003.000118/2014-69), instaurado para apurar as providências que estão sendo adotadas pelo poder público (seja em âmbito municipal, estadual ou federal) para conter o avanço do mar sobre os imóveis próximos à Praia de Guaxindiba.
Mais informações na edição de terça-feira do Jornal A Ilha
Hilmar de Jesus - Jornal "A Ilha" - São Mateus - Contato: (27) 99740-6516



Sinal verde para construção do Shopping Center São Mateus
Os investimentos do empreendimento são da ordem de R$ 80 milhões. O Boulevard Norte Shopping em São Mateus é um hotel da rede Bristol e chega a São Mateus com toda infraestrutura para atender ao crescimento econômico e empresarial da região norte, bem como sul da Bahia.
Com base em um laudo técnico solicitado pelo promotor de Justiça Edilson Tigre, do Ministério Público, elaborado pelo técnico em transações imobiliárias Clemente Francisco Chagas, a Câmara de Vereadores de São Mateus aprovou na sessão de terça-feira (10) o projeto que autoriza o município a permutar uma área do terreno onde vai ser construído o Shopping Center São Mateus, às margens da Rodovia Othovarino Duarte Santos, sentido Centro-Guriri.
A construção do Boulevard Norte Shopping em São Mateus está prevista para começar no início de setembro e a previsão de inauguração da primeira etapa do projeto é no primeiro semestre de 2017. O lançamento oficial deve ser realizado em abril ou maio, conforme revelou o presidente do grupo, Antônio Rubens Decottignies, ao final da sessão do dia 10.
Dos onze vereadores, apenas Glesson Borges se absteve de votar justificando que a construção do empreendimento do grupo Decottignies vem fazer concorrência com outro projeto do empresário Rui Baromeu, de quem é funcionário, que também pretende construir um shopping na cidade. Mas a atitude do parlamentar foi entendida pelo presidente do grupo do novo empreendimento.
Hilmar de Jesus - Jornal "A Ilha" - São Mateus - Contato: (27) 99740-6516
EMPREENDIMENTO
Em discurso de agradecimento ao final da sessão que aprovou a permuta da área Decottignies informou que mesmo antes de abrir a venda de lojas e demais áreas do Shopping já é grande a procura. “Posso garantir que já são 50% de reservas das lojas e perto de 30% do hotel”, anunciou.
Decottignies destacou a dignidade, respeito e sabedoria dos vereadores que tomaram a decisão em aprovar o projeto de permuta depois de esclarecerem todas as dúvidas, mediante laudo solicitado pelo Ministério Público, apresentado ao final da sessão pelo presidente do Legislativo vereador Gildevaldo Estevão Bispo.
“Hoje começamos um novo marco para São Mateus e Norte capixaba. Vamos capacitar e dar oportunidade para o povo mateense trabalhar”, discursou o presidente do grupo, anunciando que estão previstos em torno de 100 empregos na primeira fase de construção do empreendimento.
Hilmar de Jesus - Jornal "A Ilha" - São Mateus - Contato: (27) 99740-6516
Sem Fies, estudantes temem ter que trancar a faculdade
Sem Fies, estudantes temem ter que trancar a faculdade
Izabelle Mundim
Do UOL, em São Paulo
11/03/201512h00
· Fernando Zamora/Futura Press/Estadão Conteúdo
11.mar.2015
- Alunos da FMU enfrentam fila no centro de São Paulo para tentar solucionar os problemas com o Fies
Desde o dia 23 de fevereiro, quando abriram as inscrições para o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), a estudante cearense Alice Mello, 19, dorme tarde e acorda cedo tentando concluir sua inscrição no programa.
"Às 5h da manhã, antes de ir para a faculdade, tento me inscrever. Na faculdade, uso o wi-fi e também no trabalho passo o dia atualizando o site", conta.
Ela esbarra na etapa 3, quando aparece o código M321 e o aviso: "Limite de vagas para esse Campus/IES esgotado". "Entrei em contato com a faculdade e me informaram para continuar tentando, pois havia vagas", disse.
Ela guarda dois boletos no valor de R$1.158 já enviados pela universidade referentes à mensalidade do curso de engenharia de produção, iniciado em fevereiro.
Para se inscrever no Fies, o aluno deve estar matriculado na instituição de ensino onde pretende conseguir o financiamento.
"O Fies era a minha esperança. Se até o vencimento da segunda mensalidade [9 de abril] não der certo, vou trocar o banco da faculdade pelo banco do cursinho preparatório", lamenta.
O caso dela é parecido com o de milhares de estudantes em todo o Brasil. O grupo "Fies 2015" no Facebook reúne mais de 12.000 usuários, muitos usam a página para reclamar do erro "M321".
Maratona
A maranhense Bruna Cutrim, 22, de São Luiz, que cursa medicina em período integral na Uniceuma, afirma que chegou a ficar oito horas seguidas tentando fazer o contrato do Fies pela internet, em um domingo.
"Se não conseguir o Fies, não vou ter outra opção a não ser desistir", diz a estudante que também já recebeu dois boletos, no valor de R$6.690, cada.
A reportagem constatou, pouco mais de meia noite desta quarta-feira (10), que a página de inscrição do Fies não estava mais disponível.
Os estudantes reclamam da falta de informações claras sobre o problema por parte do MEC.
"Se eu soubesse que teria que disputar o financiamento, eu nem teria entrado", reclama o estudante Pedro Victor, de Fortaleza, que já cursava o terceiro semestre de matemática na Universidade Estadual do Ceará, e entrou para o curso de engenharia civil, para o qual tenta o financiamento das parcelas de R$1.277,55.
Sheryda Nogueira, 24, também da capital cearense, corre risco de desistir da faculdade, após cursar dois semestres de psicologia. Ela afirma que ter enfrentado problemas para renovar o financiamento do curso e acredita que o problema seja o reajuste da mensalidade.
"Quando ingressei, no início de 2014, foi bastante fácil e sem burocracia, mas neste ano teve aumento nos valores e no número de disciplinas, por isso está tão difícil", diz.
Novas regras
O sistema do Fies estava fechado para novos contratos desde o final do ano passado, quando o MEC mudou as regras do financiamento. As novas portarias alteraram o fluxo de pagamentos do programa às instituições e definiram um mínimo de 450 pontos no Enem para novos contratos. Também ficou definido, que cursos com reajustes na mensalidade acima de 6,4% não teriam financiamento autorizado.
O MEC definiu ainda que cursos com nota 5 (indicador máximo de qualidade) continuam com "atendimento pleno", enquanto aqueles com nota 3 ou 4 estão sujeitos a "alguns aspectos regionais" --critérios que não estão claros para estudantes e instituições.
À reportagem, o MEC nega que os problemas enfrentados pelos estudantes tenham relação com as novas regras e informou, por meio de nota, que tem trabalhado em conjunto com o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão vinculado ao Ministério, para garantir estabilidade ao Sistema Informatizado do Fies (SisFies), tanto para aditamentos de contratos quanto para novas inscrições.
"Pedimos paciência aos estudantes e que tentem acessar o sistema em horários alternativos", diz a nota. "É importante esclarecer que as requisições, atualmente, são liberadas por instituição de ensino e por curso, em ordem cronológica, ressalvados os critérios de qualidade, distribuição regional e disponibilidade de recursos", diz o MEC.
No início deste mês, instituições privadas divulgaram nota, assinada por quatro instituições, com críticas ao MEC, sob o argumento de que faltam "respostas objetivas sobre critérios, prazos e justificativas para as mudanças".
As inscrições para o Fies vão até 30 de abril.
MEC atrasa repasse do Fies às faculdades
Em São Paulo
06/03/201511h37
O MEC (Ministério da Educação) atrasou pagamento a faculdades privadas com alunos no Fies, programa de financiamento universitário, segundo dirigentes e associações do setor. A queixa é de que o último pagamento, previsto para fevereiro, não foi feito. Com dificuldades orçamentárias, a pasta já falhou em outros compromissos financeiros em 2015. O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão do MEC responsável pelo Fies, não confirmou atrasos.
O FNDE paga as faculdades com títulos públicos, usados para quitar tributos. Como o valor do certificado pode ser maior do que o débito com impostos, o governo recompra os títulos restantes e esse dinheiro cai na conta da faculdade. As escolas se queixam que o FNDE não respeitou a data para a primeira recompra, de 27 de fevereiro, segundo o calendário do órgão.
O MEC e as faculdades privadas travam uma guerra desde dezembro, quando uma portaria mudou parte das regras do Fies. Até 2014, por exemplo, eram 12 datas para recompra dos títulos pagos às escolas. A partir deste ano, são oito vezes, o que reduz o fluxo de caixa das faculdades.
O diretor executivo do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo), Rodrigo Capelato, diz que o atraso piora a situação. "Já não tivemos a recompra de janeiro, que acabou após a mudança de regra, e agora estamos sem a de fevereiro."
Mais da metade das 400 associadas ao sindicato reclamaram do atraso na recompra. "A instituição não suporta dois meses sem receber esse dinheiro", diz. "Algumas abriram turmas só por causa do Fies." Mais de 100 instituições no País, segundo dados do MEC, têm mais de 60% dos alunos no programa.
Na Associação Brasileira de Universidades Comunitárias (Abruc), também há queixas de atraso. Para José Carlos Aguilera, secretário da entidade, o problema é que escolas "assumem o ônus financeiro do atraso para garantir o ensino, pesquisa e extensão dos estudantes contemplados pelo Fies".
Incerteza
O dirigente de uma faculdade gaúcha, que preferiu não se identificar, afirma não ter recebido "nenhum centavo" relativo ao Fies neste ano. "Tivemos que pegar dinheiro no banco para pagar as contas, com juros altos", relata. Na escola, com 10 mil alunos, um a cada três é bancado pelo programa. Com o impasse, outras faculdades também já cortaram gastos e investimentos.
Sólon Caldas, da Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior), diz que o atraso afetou instituições grandes e pequenas. "Não há informações claras sobre o problema", critica. Segundo ele, repasses também estão atrasados e escolas já tiveram que pagar os tributos do próprio bolso.
Resposta
Procurada, a assessoria de imprensa da FNDE disse que não teve retorno da área técnica sobre as queixas. Pela lei do Fies, de 2001, a recompra deve ser feita no mínimo a cada trimestre. Até 2014, o FNDE seguia o cronograma de recompras mensais. Para este ano, o órgão previu oito.
Desde o começo do ano, o MEC já atrasou repasses a instituições conveniadas ao Pronatec, programa em que o governo banca cursos técnicos, e o pagamento de bolsa. Com o atraso na aprovação do orçamento de 2015 pelo Congresso, os ministérios estão com verbas restritas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.